Do primeiro encontro com Pepê até a finalização do livro, foram quase
dois anos de trabalho. Nesse ínterim nos comunicávamos apenas por e-mails e
poucas vezes por telefone.
Acotovelando-se entre trabalhos de faculdade, estágio e outras
atividades, Páginas de um livro bom foi ganhando forma, tomando espaço e
conta da minha vida.
Entre os milhões de e-mails trocados e ideias discutidas, ainda restavam as dúvidas, a expectativa e o anseio por fazer um trabalho bacana, que
agradasse a mim e ao Pepê, que reunisse o que nós dois queríamos, um trabalho
íntimo, visualmente bonito e agradável.
Não foram poucos os momentos de angústia e estresse, de frustração e
alegria; afinal, desenhar é fácil, mas quando se tem que interpretar textos
através de desenhos, hum... a coisa muda. Ficavam as perguntas: "Será que ele vai gostar?", "É isso que ele quer?", "E o leitor, vai curtir?"
O mais interessante foi me dedicar a cada texto e elaborar sua
respectiva arte. A partir da leitura, inventava histórias na minha cabeça,
rascunhava opções de arte, enviava a ideia por e-mail para o Pepê e depois
conversávamos sobre o que ele havia achado. Era engraçado ver como
cada um surgia com um ponto diferente e a troca era sempre muito bacana. Gostava
de saber também o que ele havia imaginado como ilustração para seus textos e
tentava juntar os pontos de forma a deixar cada página o mais pessoal possível
para nós.
Saindo do forno: um dos cadernos de 16 páginas na mesa da gráfica |
Pepê e eu somos ambos determinados, exigentes e perfeccionistas, e
queríamos dar o nosso melhor, principalmente por ser nosso primeiro trabalho.
Exigimos muito um do outro durante todo o projeto.
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Nosso segundo encontro oficial foi na gráfica J. Sholna e talvez tenha sido esse o momento mais chocante, mais assustador e prazeroso de todo o projeto. Penso que seja a mesma expectativa de pais que esperam a chegada do primeiro filho: ver sua carinha, ver se todos os “dedinhos” estão perfeitos... Era isso que esperávamos, que nosso livro fosse “perfeito” na medida do que queríamos, que pudéssemos segurá-lo ainda quentinho e dizer: “É o nosso livro e ele é a nossa cara”. Acho que o resultado não poderia ter sido melhor: Páginas de um livro bom ficou do nosso jeitinho. Ele é o resultado final da parceria de um escritor e uma ilustradora que queriam apenas proporcionar prazer visual e intelectual aos seus leitores, amigos e familiares.
Nosso segundo encontro oficial foi na gráfica J. Sholna e talvez tenha sido esse o momento mais chocante, mais assustador e prazeroso de todo o projeto. Penso que seja a mesma expectativa de pais que esperam a chegada do primeiro filho: ver sua carinha, ver se todos os “dedinhos” estão perfeitos... Era isso que esperávamos, que nosso livro fosse “perfeito” na medida do que queríamos, que pudéssemos segurá-lo ainda quentinho e dizer: “É o nosso livro e ele é a nossa cara”. Acho que o resultado não poderia ter sido melhor: Páginas de um livro bom ficou do nosso jeitinho. Ele é o resultado final da parceria de um escritor e uma ilustradora que queriam apenas proporcionar prazer visual e intelectual aos seus leitores, amigos e familiares.
Espero que gostem tanto quanto gostamos.
Julia Lourenço Moraes