O escritor é, acima de
tudo, um voyeur. Da janela do sexto
andar, ele observa a noite carioca e seus personagens múltiplos (oportunos!),
cruzando ruas e calçadas sob o bumbar da lua cheia, como passistas do
cotidiano, de um Carnaval improvisado e mágico. Ele ouve samba onde todos ouvem
o caos. E se inspira. Ideias vêm e vão como as ondas na praia. Evoluam,
evoluam!, ele roga. Porque a fantasia brota da realidade, porque a realidade
precisa da fantasia.
.