A música de Claudio Zoli entra
pela janela do quarto e o encontra, indefeso. Você interrompe a leitura e deixa
a melodia raptar seu pensamento, lembrando a vez em que ela lhe confessou:
“Sempre escutei ‘de biquíni’, mas é ‘B. B. King’!”. Ao que respondeu: “Eu
também”, como se aquilo fosse um sinal. Espana o passado, volta ao livro. Os
versos atrevidos, porém, continuam a lhe cercar. E os ouvidos lhe pregam mais
uma peça: não importa o que diga a canção que vem de lá, dentro de você tudo se
traduz em “por onde ela andará?”
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